30 de março de 2007

O Monge e o Executivo – James C. Hunter

Ser líder não é para qualquer um. Para começar – segundo conselhos de James C. Hunter - devemos ter consciência que, seja uma equipe, uma família, um grupo de desportistas, um grupo religioso, uma escola ou qualquer outro tipo de liderança exige muita disciplina, esforço e dedicação.
Em O Monge e o Executivo, o autor passa alguns ensinamentos sobre como devemos nos portar para seremos grandes líderes.
Ouvir, servir, amar, elogiar e até se sacrificar em favor de quem lideramos, são princípios básicos para conquistar autoridade. Ou seja, devemos tratá-los como gostaríamos de ser tratados.
Segundo Hunter, é melhorar liderar com autoridade - habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal - do que com poder - forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, seja por sua posição ou força. Jamais gerenciaremos pessoas, porque só é possível gerenciar coisas e liderar pessoas - habilidade de influenciar pessoas para trabalharem visando o bem comum.
Seria excelente se nosso dia a dia funcionasse desta forma, se todos os nossos superiores fossem verdadeiros líderes, comprometidos com o desempenho de sua equipe, mas sabemos que entre a teoria e a prática existe uma longa distância e nem todos estão dispostos a tentar.
Enfim, para aqueles que ainda não lideram ninguém, o livro vale como fonte de conhecimento. Quem sabe, um dia apareça uma oportunidade de testar o aprendizado.

24 de março de 2007

A Guerra do Fogo

Filme de Jean Jacques Annaud (trabalho solicitado pela Prof. Su de Homem e Sociedade)

É da década de 80 o filme de Jean Jacques Annaud, que mostra um pouco sobre a vida e a comunicação entre os diferentes grupos de hominídeos pré-históricos.
Assim que o filme começa, podemos perceber que dois grupos são destacados. Um, com técnicas de comunicação bastante precárias, que via o fogo como algo divino, a fonte da esperança e outro com um nível de comunicação mais avançado, que detinha mais técnicas, inclusive a de fazer fogo.
Em relação ao primeiro, o início da comunicação se dá através de gritos e grunhidos, porém, quando tomam contato com o segundo grupo aprendem novas formas de se comunicar, inclusive a demonstrar afeto e sorrir, excelentes fontes de comunicação.
Seu primeiro contato se acorre quando o primeiro grupo perde o fogo que possuía, durante uma batalha com um grupo rival e depois de escapar da morte, três deles saem em busca da esperançá, o fogo. Quando o encontram, lutam com os detentores para consegui-lo e, sem querer, salvam a vida de uma fêmea, que por gratidão os segue e ajuda até que, em segurança, pode voltar para o seu grupo.
Nos dois grupos é possível ver a figura de um líder, porém no segundo ela é destacada quando vemos a cena de relação sexual entre o líder do primeiro grupo e uma mulher do segundo. Trata-se de um hominídeo mais velho, aparentando sabedoria, e é ele quem faz as regras dentro do seu território. É ele quem decide quem pode ou não deitar-se com o visitante.
Eles também têm técnicas culturais avançadas em relação aos demais, o que pode ser notado através de suas habitações e os cuidados dispensados aos ferimentos.

Minha última leitura

Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley

Aldous Huxley nasceu em 1916 na Inglaterra, filho de uma família da elite intelectual inglesa, tem mais de quinze obras conhecidas no mundo. Entre elas está Admirável Mundo Novo, publicado na década de 30, período no qual sua obra adquire um tom sombrio.
Bastante futurista para sua época, neste livro Huxley descreve dois tipos de sociedades. A civilizada - na qual as pessoas são criadas em laboratórios e pré-condicionadas, através de gravações hipnopédicas, a viverem em harmonia com as leis e regras da sociedade - e a selvagem – os índios, pessoas como nós, que amam, pensam, choram, questionam, casam, tem filhos, envelhecem e sofrem com a morte de um ente querido.
A sociedade civilizada divide-se em castas superiores e inferiores: Alfas, Betas, Gamas, Deltas e os Ípsolons. Nela não existem família, sentimento, valor ou espiritualidade. Ser mãe é uma verdadeira vergonha. "Cada um é de todos", ou seja, não existe namoro, casamento nem fidelidade.
Somente pessoas magras, bonitas e bem cuidadas são aceitas de forma natural. É recorrente o uso de drogas – soma, que lembra o êxtase dos dias atuais e o mescal, líquido com aparência de água, porém com odor forte - para fugir de algo que possa levar o indivíduo ao questionamento.
Ao longo das intermináveis horas de gravações hipnopédicas também são condicionados para o consumismo e a liberdade sexual - algo natural desde a mais tenra idade.
Nesta sociedade os carros, assim como a velhice e a morte, são coisas do passado, foram substituídos pelos helicópteros.
Para quem não tem o hábito de leitura frequente, talvez seja um tanto difícil chegar ao fim do romance para saber o que acontece quando um selvagem e uma civilizada se apaixonam, porém para aqueles que gostam de viajar junto com o escritor vale a indicação. Gostei do livro.

Praticando jornalismo

Nota, notícia e reportagem (trabalho solicitado pelo Prof. Eduardo de T.G.J)

Nota:
Aeronave cai, deixa quarto mortos e tem R$ 5,6 milhões saqueados

Caiu, na Bahia, um bimotor da empresa Bahia Táxi Aéreo que transportava, de Petrolina (PE) para Salvador (BA), R$ 5,6 milhões de alguns bancos. Os quatro ocupantes do avião morreram e o dinheiro foi saqueado por pelo menos 120 pessoas.

Notícia:
Bahia - Queda de avião com quatro mortos e R$ 5,6 milhões saqueados

Quatro pessoas morreram na queda de um bimotor da empresa Bahia Táxi Aéreo, na Bahia. O acidente ocorreu nas redondezas de São Sebastião do Possé, a 61km de Salvador.Conforme a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a aeronave saiu de Petrolina (PE), com destino a Salvador (BA), transportando R$ 5,6 milhões, que segundo a Nordeste Valores – responsável pelo transporte do dinheiro - pertenciam a vários bancos. Mais de 50 policiais trabalham na região na tentativa de recuperar o dinheiro saqueado por pelo menos 120 pessoas.Os ocupantes da aeronave eram três funcionários da empresa de valores - Ronaldo Moraes dos Santos, Arnaldo Dantas Ferreira e Genésio Barbosa – e o piloto José Leão Bezerra, da empresa aérea.

Reportagem:
Mais quatro pessoas são vítimas de queda de avião

O acidente aconteceu numa fazenda, na zona rural de São Sebastião do Possé, cidade que fica a 61km de Salvador, na Bahia.Além dos ocupantes do avião - Ronaldo Moraes dos Santos, Arnaldo Dantas Ferreira, Genésio Barbosa e o piloto, José Leão Bezerra, que morreram na hora, eram transportados R$ 5,6 milhões que, segundo informações da Nordeste Valores – empresa responsável pelo transporte do dinheiro - pertenciam a vários bancos que costumam fretar aviões em conjunto para transportar altos valores.Das vítimas, três eram funcionários da empresa de valores (a Nordeste Valores) e o quarto, o piloto, era funcionário da empresa Bahia Táxi Aéreo, proprietária do bimotor.A queda do avião, que ocorreu por volta do meio-dia, atraiu a atenção de vários moradores da região para o local do acidente. “Ele voava baixo. Parecia que queria um local para pousar, disse o vaqueiro José Santos, que viu o momento da queda.A polícia militar da Bahia trabalha no local com mais de 50 policiais, na tentativa de recuperar o dinheiro saqueado por pelo menos 120 pessoas.Conforme informação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a aeronave saiu de Petrolina (PE), com destino ao aeroporto de Salvador (BA).

Segunda apresentação

Por: Elaine Dellaflora (Trabalho solicitado pelo Prof. Waldo de P.I.T)

Elaine, Dellaflora, Lan
Três irmãs que se unem
Em busca de uma identidade.

Elaine, nascida no interior
Hoje sabe dar valor
Pra vida do trabalhador
Que labuta com fervor

Pra sobreviver nesta vida.

Dellaflora é nascida em família pobre
Cresceu em casa sem cultura
Livros, música, incentivo
Algo raro de encontrar
Era preciso muito buscar
Para com sorte avistar
Escondido em algum lugar
Que alguém foi guardar
Pensando nunca mais precisar.


Lan, para a vida melhorar
Foi com muito esforço
Que logo pegou o gosto
Pela leitura freqüente
Rica fonte de cultura
Que poucos sabem dar valor.


As três filhas de um grande lutador
Buscam pra vida um amor
Pra preencher um grande vazio
Que a vida longe de casa causou.


Estas identidades
Formam uma mulher
Que hoje sabe o que quer
Não gosta de futilidade
Prefere sempre a verdade
Ignorando a vaidade
Procura cumplicidade
Retribui com sinceridade
Sempre que reconhece

Alguém de grande valor.

23 de março de 2007

Uma breve apresentação

Por: Elaine Dellaflora (trabalho solicitado pelo Prof. Waldo de P.I.T)

Elaine é menina-
mulher
Que luta pelo que quer
Trabalha desde criança
Pra se manter na dança da vida
Que nem sempre é vivida
Da forma como ela quer.


Lutou pra aqui chegar
E conquistar um lugar

Correu grande perigo
De nunca mais voltar
Pra onde é seu lugar.


Não tem muitos amigos
Devido à educação
Gosta do silêncio ao invés da agitação
Nem sempre é compreendida
Por causa das experiências da vida.


Pobre menina
Pobre mulher
Cresceu sozinha neste mundão
Sem a ajuda de um cristão
Não teve amor nem carinho
Pra alegrar seu coração
Por isso vive buscando
Eterna consolação.


Busca aconchego nos livros
Seus verdadeiros amigos
Em qualquer situação
Serão sempre sinceros
Em lhe dar informação.


Nesta busca da verdade
Amor, sinceridade e cumplicidade
São de extrema necessidade
Pra suprir seu coração.

17 de março de 2007

Exposições no Instituto Tomie Otake

Hoje, dia 17 de março de 2007 reservei algumas horas do dia para ver exposições no Instituto Tomie Otake, que embora seja perto da minha casa, nunca tinha entrado para conhecer.
Quando saí de casa pela manhã, tinha intenção de ver somente uma exposição de desenhos gráficos que foi indicada pela professora Ana de design gráfico, porém chegando lá não consegui ficar só nesta e aproveitei para ver outras que estavam próximas.
A primeira, a indicada, de Desenho Gráfico mostra um pouco sobre o trabalho do artista João Baptista Costa Aguiar, que além de criar projetos para capas de livros, criou marcas de empresas como a da editora Companhia das Letras, formulou um sistema de marcas para a Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo e também para a própria cidade.
Além de todo o material, tinha ainda alguns livros para quem tivesse curiosidade em ver o trabalho mais de perto.
Não restam dúvidas de que trata-se de um grande artista. Acho que a maioria de nós, mesmo sem saber, tem em casa algum livro com a capa feita por ele.
Em seguida vi a exposição de Sinais Particulares (seção de desenhos que temperam diariamente com arte e humor as páginas de jornais dedicadas a textos mais densos e analíticos) dos artistas Loredano e Leo Martins. O material exposto sai diariamente na parte de baixo da segunda página do jornal O Estado de S.Paulo.
São caricatuas de figuras importantes de todo o mundo, como por exemplo o Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, o Deputado Aldo Rebelo, o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, o Presindente dos EUA, George W. Bush, os Ronaldinhos entre outros tantos.
Assim como no caso anterior, observa-se um trabalho de qualidade, bem apresentado e com muito humor.
Mas a que mais chamou minha atenção foi a Auto Biografia do Gesto, de Emanoel Araujo. Uma exposição grande não só no tamanho do espaço que se apresenta (ocupa as principais salas do instituto), como também na qualidade do material apresentado. Peças maravilhosas, de um trabalho impecável, que somente um grande artista poderia conceber.
Tive o prazer de ver esculturas, relevos e uma série inédita, Cosmologia dos Simbolos (2006/2007), pertencente a ornamentação de cerimônias religiosas e festejos populares africanos. Algo realmente impressionte.
Além de trabalhos tridimensionais, contemplei ainda uma coleção de trabalhos gráficos do artista. São cerca de 30 gravuras, cartazes, livros, programas e convites desenhados por ele. E mais, pude ver pela primeira vez na minha vida uma xilogravura (técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado).
Emanoel Araujo começou a ter lições de marcenaria na infância, o que nos faz entender a perfeição dos acabamentos de suas esculturas, misturas de fragmentos de madeira torneados do século XVIII e XIX, com outros materiais como vidro, ferro e miçangas que colaboram para a atmosfera silenciosa, um respeitoso tributo ao sagrado.
Embora eu ainda não entenda nada de exposições de arte, saí de lá sentindo grande alegria, pois minhas horas livres foram bem aproveitadas e eu ainda adquiri um pouquinho mais de cultura, algo realmente valioso.

Jogar lixo na rua é ignorância

O grande volume de água das chuvas que caíram em São Paulo, nos últimos dias, causaram enchentes em praticamente todas as zonas da cidade. Deixaram famílias desabrigadas, casas destruídas e móveis que terão de ser substuídos, pois não servem para mais nada.
São Paulo, nos últimos anos, vem crescendo de forma desorganizada. Está avançando sobre espaços verdes que deveriam ser preservados e no entanto estão sendo ocupados por construções de casas ou barracos, o que faz com que sobre cada vez menos solo livre para absorver a água das chuvas.
Além da falta de infra-estrutura para suportar todo este crescimento e a invasão de áreas impróprias para construção, ainda temos o problemas dos esgotos entupidos por lixo. Parte da população ainda não se conscientizou de que todo o lixo, desde um simples papel de bala até latas e garrafas plásticas, contribuem muito para o aumento das enchentes.
É revoltante presenciar a ignorância de algumas pessoas. Muitas vezes tenho que me controlar quando vejo alguém jogando lixo no chão sem o menor sinal de culpa. E quando a chuva vem temos que agüentar protestos feitos com restos de móveis destruídos, jogados no meio das avenidas para causar congestionamentos e chamar a atenção do governo e da sociedade para o problema.
Todo este transtorno poderia ser menor se a população brasileira estive consciente que não adianta só cobrar do governo. Cada cidadão tem que fazer sua parte, caso contrário, mesmo que seja encontrada uma solução hoje, no futuro novos alagamentos podem acontecer se continuarmos jugando lixo nas ruas.

Em todos os alagamentos temos visto lixo boiando nas águas. E não estou falando de uma lata ou um saco plástico, em alguns casos o volume é tão grande que dificulta a ação dos bombeiros na hora de fazer resgate de pessoas que estão sendo arrastadas pela correnteza. Tomemos como exemplo o caso deste último dia 16 de março, quando um homem, após tentar sair do seu carro, foi carregado pelas águas para dentro de uma galeria e ficou desaparecido por algumas horas. Nas cenas mostradas pela televisão podiamos ver a quantidade de sugeira boiando ao redor das pessoas que estavam ajudando no salvamento.
Precisamos, acima de qualquer coisa, nos conscientizar sobre algumas causas dos nossos problemas, para depois sim, com consciência limpa, cobrar uma providência das nossas autoridades.

16 de março de 2007

Escravos da aparência

O mundo gira em torno do belo. Segundo pesquisas realizadas pela Avon (empresa brasileira de cosméticos), o Brasil é o país no qual as mulheres mais se preocupam com a aparência física. Mas qual é o real significado da palavra beleza?
Muitos pensam que ter boa aparência significa estar sempre na moda, fazer todas as plásticas que seu corpo aguentar, passar horas e horas sofrendo nos salões de beleza, excesso de exercícios físicos em academias, viver com seus armários abarrotados de frascos de cosméticos que lhes prometem milagres quando consumidos.

A maioria de nós humanos, principalmente as mulheres, já sonhou um dia ser modelo. Para muitos isso significaria um certificado do que chamam de perfeição. Magra, linda e famosa. Porém, muitas vezes esquecemos que a beleza só é completa quando vem de dentro da nossa alma. De nada adianta ser magra e linda se não tiver auto-aceitação. Por mais correções que fassamos, sempre tem um detalhe aqui, outro ali que pode ser melhorado e isso vai durar eternamente. Queremos sempre mais.
Realmente ter boa aparência pode abrir muitas portas, seja em qual for o campo de nossas vidas. Mas não é preciso que nos tornemos escravos do consumismo na tentativa de atingir este objetivo. Formosura é muito mais do que estar com uma calça da Diesel, uma bolsa Louis Vuitton, o cabelo sempre escovado ou exibir inúmeras cirurgias plásticas (que nem sempre acabam no resultado esperado). Primeiro é preciso ser original, ser nós mesmos, sem vergonha de estar de cara limpa. Afinal existe um ditado correto:"a beleza está nos olhos de quem vê". O que é bonito para você, pode não o ser para mim e vice-versa.

Pichar é crime

Pichar e sujar edifícios públicos são crimes previstos em lei. Ainda assim, em muitos lugares podemos observar as marcas de grupos revoltados tentando chamar a atenção das autoridades e até mesmo a nossa, para fatos que acontecem diariamente na nossa sociedade.
Não precisamos ir muito longe para ver isso com nossos próprios olhos. Tomemos como exemplo, o muro do cemitério São Paulo e prédios na Cardeal Arco Verde, em Pinheiros, que custam em média 50 000 reais por mês para serem limpos depois de passarem pelas mãos destes grupos, que na maioria das vezes são formado por pessoas de classes inferiores que se sentem excluídas por estarem em desvantagem financeira.
A prefeitura de São Paulo criou um Projeto de combate a pichação, que peca por somente reprimir os infratores. É necessário, além da punição criar projetos que lhes ofereçam novas possibilidades de expressão, como criar escolas voltadas para a arte e o desenho gráfico e também, a especificação de espaços onde seja permitida a grafitagem.
Enquanto isso não for resolvido, não nos restam dúvidas de que pichação seja caso de polícia. Pois existem outras formas de chamar a atenção sem que seja necessário poluir a paisagem visual das cidades e dar prejuízos aos proprietários de imóveis, que muitas vezes nada têm a ver com os motivos que os levam a cometer estes atos de vandalismos.

Se os culpados não forem encontrados e punidos, logo outros farão o mesmo, ou cometerão infrações mais graves e não seria possível viver tranquilamente numa sociedade onde infratores passam despercebidos como se não nos causassem nenhum mal.

Febre virtual

Estamos vivendo a era digital. Quase tudo pode ser feito através de um computador e muitos jovens já não conseguem mais se imaginar vivendo sem eles, enquanto para outros tantos isso seria realmente impossível nesta altura do campeonato.
Pesquisas revelam que cada dia mais jovens e adolescentes estão se tornando dependentes da internet. É através dela que falam com amigos, colegas, desconhecidos, fazem todo e qualquer tipo de pesquisa, buscam informações variadas e algumas vezes, até encontram sua cara metade nos sites de bate-papo.
O assunto vem preocupando pais e educadores, uma vez que a linguagem usada por eles é diferenciada e está interferindo no desempenho escolar. Os integrantes das tribos de internautas estão usando o "internetês" também dentro da sala de aula, na hora de copiar textos, fazer lições ou redações. Os livros, excelentes fontes de cultura, estão ficando de lado e a linguagem culta vem sendo substituida por gírias, que muitas vezes, somente alguns poucos conseguem entender.
Sites de relacionamento, como MSN, ICQ, ORKUT entre outros, têm um número gigantesco de pessoas conectadas. No caso do Orkut, são mais de 800 mil usuários e mais da metade deles são brasileiros. Estamos nos contaminando com a "febre virtual".
Poucos pais se preocupam em controlar o tempo gosto e os assuntos que levam seus filhos a ficarem longas horas conectados. Para que a febre seja aos poucos combatida é necessário vigiar os internautas e controlar quanto tempo pode ser gasto diariamente em cada assunto. A interntet deixa de ser um problema (para os que dizem que não conseguem mais se controlar) se os limites impostos forem respeitados, tornando-se assim, uma excelente ferramenta de comunicação e informação. Pois bem sabemos que dela é possível tirar muito proveito, basta que saibamos escolher o que queremos consumir.

10 de março de 2007

Passeando pelo Centro Cultural São Paulo

Além das muitas atividades oferecidas por uma biblioteca, o Centro Cultural São Paulo dispõe de uma Discoteca, recursos audiovisuais e laboratório de línguas.
Criado há mais de 10 anos para atender pessoas que querem aprender outra língua e não podem pagar um curso, nem aulas particulares, o laborátorio de idiomas e recursos audiovisuais do Centro Cultural São Paulo vai do inglês básico a idiomas nada comuns no nosso dia-a-dia como hebraico, grego, servo-croata e espartano. Os cursos são gratuitos e não são acompanhados por professores, ou seja, funcionam se o aluno for autodidata. Estão à disposição dos interessados, livros, fitas cassetes, vídeos, CDs e fones de ouvidos.

Segundo funcionários da bibliotéca, o curso é muito procurado, tem duração indeterminada e para se inscrever basta ir pessoalmente até o local e ver a disponibilidade das vagas. “No momento estão todas preenchidas e novas vagas abrem somente com a desistência de alunos ou quando da eliminção por faltas” disse a atendente.
O curso funciona da seguinte forma: são duas aulas semanais de 45 min ou, em caso de alunos que fazem aos sábados ou domingos, uma aula de 90 min por semana. No primeiro caso, o aluno perde a vaga se tiver a terceira falta no mesmo mês e no segundo caso, a matrícula é cancelada na segunda falta do mês. “Não são feitas alterações de dias nem horários de cursos e só é permitido fazer um idioma por vez. É proibido xerocar e/ou copiar o material, ouvir AM, FM e fitas particulares dentro do laboratótio” diz ainda a atendente.
Conforme Marli Barbosa, funcionária pública e convocada para trabalhar no laboratório em alguns fins de semana, trata-se da única bibliotéca em São Paulo que oferece esta opção e “se o aluno for esforçado, dá para aprender sim outra língua fazendo o curso aqui. Tem o caso de uma moça que aprendeu inglês aqui conosco e depois foi viajar para o exterior e não teve nenhum problema com o idioma na hora de se comunicar”. Ainda segundo a mesma, os cursos mais procurados são inglês, japonês, italiano e espanhol.
A maior parte dos freqüentadores dos cursos são jovens e idosos e este é o motivo dos muitos problemas enfrentados pelos bibliotecários, segundo outra atendente. “Os idosos acham que porque são velhos podem fazer o que bem entendem e isso não está certo. Então, sempre temos algum tipo de problema”.
Durante minha visita pude presenciar uma das várias situações citadas por elas. No caso, um senhor de mais ou menos 65 anos, que disse ter problemas auditivos estava perturbando a paz dos estudantes durante a aula, porque dizia não ouvir o som com os fones de ouvidos. Quando Marli foi pedir que não atrapalhasse o estudo dos colegas o mesmo ficou exaltado e mostrou-lhe um papel, que, pelo que entendi, tratava-se de uma prescrição médica do seu problema de audição. Entretando as atendentes pediram que não fizesse mais barulho ou chamariam o segurança para retirá-lo da sala.
Segundo Marli, ainda ocorre que alguns freqüentadores levam material embora. “Isso quando não quebram os instrumentos de aula. "E o pior é que esperamos juntar vários equipamentos com problema para mandar concertar, o que diminui o número disponível para as aulas em alguns dias. Aceitamos doações de equipamento e livros de idiomas, mas até agora recebemos apenas uma doação de equipamentos”, disse uma funcionária que não soube identificar a instituição que fez a boa ação.
Hoje pude conhecer um pouco mais sobre as opções disponíveis no espaço, porém fico por aqui e outro dia voltarei ao local para visitar exposições, assistir um filme, peça de teatro, palestra ou quem sabe participar de uma aula de dança e expressão corporal.

9 de março de 2007

A decadência do nosso transporte públlico

Quem, assim como eu, depende do transporte coletivo brasileiro sofre humilhação diariamente. O sistema está cada dia pior. Somos tratados como animais por alguns motoristas de ônibus, que não pensam duas vezes antes de apostar corrida com seus colegas de profissão, ignorando as condições físicas dos passageiros que transportam. Isso quando não passam sem parar pelos pontos de ônibus lotados de trabalhadores e estudantes que têm horário para iniciar seus afazeres diário.
O pior de tudo é que pagamos, e não pagamos barato, por um serviço que nos é mal prestado. Pagamos para viajar em ônibus superlotados, como se fossemos atum enlatado. Para os proprietários de empresas de transportes coletivos, não importa nosso conforto, sim o quanto eles estão ganhando em cada viagem que seus carros fazem. Levamos cotoveladas e pisadas de todos os lados, temos que ficar competindo para conseguir um acento e quando não conseguimos, além de ficar em pé, ainda temos que agüentar aquele esfrega-esfrega, que só quem já sofreu com ele sabe como é desagradável, principalmente para nós mulheres – porque sempre tem alguém disposto a tirar uma casquinha da situação. E depois de tudo isso, ainda não temos nem o direito de questionar quando eles atrasam mais do que o normal, pois os motoristas e cobradores - salvo algumas excessões respondem, quando respondem, com um mau humor e uma falta de educação inigualáveis. Sentem-se como se estivessem nos prestando um grande favor, quando na verdade não fazem mais do que parte de suas obrigações.
Mas isso não acaba aí. Quem que tem tempo e paciência para aguardar aqueles supostos minutinhos pedidos pela gravação quando liga no 156, logo descobre que nada é feito para solucionar o problema e a única coisa que ameniza um pouco nossa situação, é o fato de poder desabafar sobre nossa frustração de depender deste sistema precário.

Entretanto, já que ninguém toma uma providência, a ousadia destes motoristas está aumentando e pode ficar sem limites. Aí me pergunto, até quando isso vai continuar? Será que vamos ter que esperar algo irreparável acontecer para que uma providência, por parte das autoridades, seja tomada? E se isso acontecer, servirá de lição para os futuros profissionais da área? Os culpados serão punidos?
Conheço dois casos de senhoras que foram vítimas destas criaturas irresponsáveis. Uma delas, que tem mais de 60 anos, foi jogada pelo pára-brisa do ônibus, machucou-se gravemente e ficou engessada por mais de um mês. A outra, com 86 anos, quando foi descer do ônibus o motorista deu partida e ela caiu na calçada. Por sorte, não se machucou. Mas em nenhum dos casos o motorista tentou ajudar suas vítimas.

Estão nos tratando como mercadorias, sem vida, sem sentimentos, sem importância. Algo que não precisa de cuidado especial. Vamos ter que esperar que matem um passageiro para ver o resultado de tanta irresponsabilidade?

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