31 de julho de 2008

VAVÁ DE CASA NOVA

Meu querido professor Valdo Resende está de casa nova. Não deixem de visitá-lo porque SEM dúvidas ele será um ótimo anfitrião, fala bonito, põe música em tudo o que toca e agrada nossos ouvidos aguçados e curiosos.

Vavá, cá estou, seguindo teus passos pra aprender contigo, "vencer o inimigo invisível... ver uma flor brotar do impossível chão..."

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Boa sorte amado MESTRE!

28 de julho de 2008

Exemplos e mais exemplos...

Ontem, quando voltava com o meu namorado de um jogo de basquete (ele está competindo no Jois 2008), eu lembrava do filme "Em busca da felicidade", com o Will Smith, e me perguntava por que tenho tanta dificuldade em tomar uma iniciativa pra tentar mudar a minha situação.

Hoje lendo o blog do Gabriel Perissé, vejo mais um exemplo de força de vontade, de superação. Continuo me perguntando o que me falta para chegar lá. Seria coragem? Determinação? Ou "passar" um pouquinho mais?

Na palavra de Deus diz que "há um tempo para todas as coisas" e eu acredito nisso. Então, essa é a minha resposta: ainda não chegou o meu tempo. Mas um dia chegará. Enquanto isso vou me preparando como posso e fico de olho pra ver quando minha oportunidade surgir. Não vou deixá-la escapar.

Crítica de cinema

Para o crítico de cinema da Folha de S. Paulo, Inácio Araujo, o filme "Batman - O cavaleiro das trevas" é chato, ruidoso e reacionário.

"Realista e extremamente sério, Batman cai na redundância" é o título da crítica que o jornal trouxe impresso no domingo 27 de julho - crítica de Pedro Butcher.

É... parece que o novo Batman não agradou.

Que país é esse?

Onde estamos? Quem manda aqui? Confiamos na polícia ou nos bandidos?

Acho que devemos confiar apenas em nós mesmos e ainda assim, com um pé atrás.

Não pude deixar de me questionar quando li a reportagem no Observatório da Imprensa sobre a interferência do crime organizado na atuação da imprensa no Rio de Janiero.

Até onde isso vai?

27 de julho de 2008

Direitos e deveres

Do ônibus o passageiro joga papel de bala, latinha de refrigerante ou qualquer outra coisa que esteja em suas mãos que não lhe serve pra nada. Das janelas dos carros que passam voam papéis de propagandas recebidas nos faróis. Das crianças e adultos que caminham pelas ruas resta qualquer coisa que não lhes tem utilidade. E assim a cidade vai ficando cada dia mais suja, atulhada. Vira calamidade.

Quando a chuva chega, bastam quinze minutos para que as ruas fiquem inundadas e as casas invadidas pela água tenham seus móveis destruídos.

Está aí um pretexto para que seus ocupantes possam sair às ruas para protestar. Aparecem na televisão chorando para culpar o governo de suas desgraças, sem jamais tomarem consciência de que são prejudicados por suas próprias ações. É a natureza se vingando dos maus tratos recebidos dos homens.

Somos os culpados por muitas desgraças que nos acontecem, mas preferimos nos fazer de inconscientes. É mais fácil culpar o prefeito ou o presidente da república do que olhar para nosso umbigo e refletir sobre nossas ações.

Exigimos decência e respeito quando na verdade não sabemos o que isso quer dizer. Pedimos nossos direitos sem cumprir antes nossos deveres. A desculpa usada para tamanho descaramento é que não recebemos educação para agir de forma diferente. Mas já não somos mais crianças. As informações estão aí. Se não queremos viver na ignorância, atolados em nosso próprio lixo devemos buscar o conhecimento, fazer o que é necessário e ajudar a conscientizar o outro que, se cada um fizer sua parte, a vida pode melhorar para todos.

Não só o Brasil, mas o mundo espera que cada um de nós cumpra nosso dever para que um dia nossa consciência esteja em paz e a natureza não mais se volte contra nós.

24 de julho de 2008

Ler nos ajuda a crescer...

Lendo o livro “Emília no País da Gramática”, de Monteiro Lobato, me deparei com um trecho onde a boneca Emília diz que Dona Benta vive falando que os livros são o pão do espírito. Logo, deduziu ela, são alimentos.

Para Richard Steele a leitura não é menos importante. Segundo ele, a leitura é para a mente o que o exercício é para o corpo. Sim, dizemos os leitores apaixonados, não viveríamos sem a leitura, porque ela é o nosso combustível, nossa ração diária, nosso tônico fortificante.

Diversas reportagens de jornais, revistas, televisão e internet propagam os benefícios de tal hábito. No entanto, muitos ainda fecham seus ouvidos ou fingem não ligar para essa informação. Não são poucas as vezes que ouvimos alguém dizer que ler é chato, dá sono, irrita, é cansativo etc e etc.

Mas os benefícios da leitura foram cientificamente comprovados através de pesquisas que indicam que as crianças que têm o habito de ler diariamente obtém rendimentos escolares mais altos que as demais, aprendem a pensar e desenvolvem o senso crítico. E é esse senso crítico que as tornará, no futuro, cidadãos com capacidade de tomar decisões que podem fazer a diferença para todos nós.

Por isso a leitura é tão importante quanto exercitar o próprio corpo, é o exercício que fortalece os músculos do nosso cérebro. Ela nos transportada para lugares inimagináveis, diferentes épocas e países, nos permitindo conhecer o mundo de informações, idéias e sonhos ao nosso redor.

"As Mil e Uma Noites"

Queres saber o quinhão que nos traz o destino?
Desgraças e mais desgraças! Paciência!
Num dia, é a perda da fortuna;
no outro, a separação do bem amado...

Retirado do livro
"DAMAS INSIGNES E SERVIDORES GALANTES **"

23 de julho de 2008

Elas querem ter vontade própria

Fabiano também não sabia falar. Às vezes largava nomes arrevesados, por embromação. Via perfeitamente que tudo era besteira. Não podia arrumar o que tinha no interior. Se pudesse... Ah! Se pudesse, atacaria os soldados que espancam criaturas indefesas.

Quando li essa passagem do livro “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos não puder deixar de pensar e fazer comparações:

É isso mesmo. Estou como Fabiano. Presa. Ele numa cela, preso por um soldado amarelo. Estou presa em mim mesma. Ele usa a mulher e os filhos como desculpa para não fazer uma “besteira” para se libertar. Eu uso minha formação e os muitos “não” que ouvi de minha mãe.

Fabiano só queria organizar as idéias para falar aos soldados que era um engano, que estava preso, mas era inocente de qualquer acusação. E eu, o que posso dizer? Não sou inocente. Sou a maior culpada da minha prostração.

Na mente um caldeirão de palavras que fervem. Fico zonza, não sei por onde começar...

Quando vou colocar no papel elas se confundem, xingam umas as outras, praguejam, gritam barbaridades, esperneiam e para meu desespero, nada de se organizar.

Olho para elas suplicante, como uma mãe que perdeu o controle dos filhos. Imploro, suplico em vão. Elas não me ouvem e continuam a se amontoar. Esbofeteiam-se, mordem quem estiver perto, espalham beliscões e mais confusão.

Sinto minhas forças se esvaindo, quero desistir, mas algo mais forte me faz permanecer ali, diante de tamanha frustração.

Penso que deve existir uma forma de colocar ordem na algazarra e pôr todas a trabalhar a meu favor. São minhas servas não o contrário. Tento dizer-lhes. Mais uma vez em vão. Aumento o tom da voz, grito e elas param assustadas a me olhar.

Feliz por ganhar atenção pela primeira vez e com voz mais branda, digo:

Agora sim, podemos começar.

22 de julho de 2008

Digestão...

Finalizei neste momento a leitura de “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos. É uma história muito bonitinha, comovente – não queria que acabasse tão rápido. Me fez lembrar a infância em casa de chão, sem luz elétrica, os raios de sol entrando pelas frestas das paredes, as noite iluminadas por lampiões, o cantar dos galos às cinco da manhã, os domingos que caminhei quilômetros para ir à missa, as festas da cidade, as geadas, o fogão a lenha, o colchão de palha, o edredon feito de roupas velhas, as vaquinhas leiteiras, as galinhas ponhadeiras...

Me vi no texto, me senti impotente como Fabiano por não saber expressar o turbilhão de coisas que vai dentro de mim... seria também eu um bicho???

21 de julho de 2008

Não me deixaram escolher

Sem opção de escolha, pois não me pediram opinião quando nasci, chamaram-me pelo nome de Elaine. Elaine Dellaflora da Silva. O Silva já foi, tirei-o sem pensar duas vezes, sabemos que não irá se esforçar pra me diferenciar dos demais.

No telefone, a maioria das vezes, é um problema que me tira do sério:

Eliane Belaflor?

Não, não e não! É Elaine Dellaflora. E de elefante, L de lua, A de amor, I de igreja, N de navio, E de elefante, D de dado, E de elefante, L de lua, L de lua, A de amor, F de faca, L de lua, O de ovo, R de rua e A de amor.

E no cartão do banco que ainda insistem em colocar Elaine D. Silva!? Como podem ser tão burros! O Dellaflora é tão bonito, altivo, dono de si. Parece um imperador de seu mundo. Mas não adianta o banco não muda de idéia: infelizmente tem que ser o primeiro e o último nome senhora. É norma do banco.

Normas? Normas? E eu não posso nem decidir como quero ser chamada?! Então vou trocar de banco. Hei de encontrar um que pelo menos nessa parte possa fazer minha vontade. Não estou pedindo dinheiro, apenas quero ser chamada pelo meu nome, como eu escolhi.

Com os amigos não tenho problema, sou Lan para todos. Pra minha mãe e meus irmãos sou a Elaine, aquela metida que mudou pra São Paulo e quase nunca os visita. Só quer saber de estudar, trabalhar e nunca tem dinheiro pra nada. Mas vive brigando com os irmãos e sobrinhos dizendo que precisam estudar e ler muito livros, como se soubesse o que é bom pra todos. Já para o meu namorado sou... bem, acho que isso não é necessário, deixemos as demonstrações de afeto ocultas, assim conseguirei finalizar meu texto sem ficar com as bochechas rosadas.

Minha visita a Folha de S.Paulo

Há alguns dias matei minha curiosidade de conhecer a redação da Folha de S.Paulo.

Era um dia de curso no Sindicato dos Jornalistas e eu estava cansada. Por pouco não desisti e voltei pra casa para dormir. Estou de férias do trabalho e da faculdade, queria descansar um pouco, porque até aquele momento ainda não tinha tirado um só dia para mim.

Mas fiz uma esforço e fui, e fui muito bem recebida.

Como a Ana Estela também estava em férias, fui recebida por sua assistente, a Sandra. Menina atenciosa, simpática e paciente. Mostrou e explicou tudo, sem esquecer nada.

Conheci a redação da Folha, a FolhaOnline, o Treinamento, o Agora São Paulo,, as revistas da Folha, enfim, tudo o que ela podia mostrar, mostrou.

Voltei pra casa no final do dia sem forças pra ficar em cima das pernas, mas cheguei cheia de gratidão por ter ido.

Aqui está a foto que tirei na entrada do prédio, para registrar em papel aquele momento. Minha primeira visita a um grande jornal diário.

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