25 de fevereiro de 2013

Trabalho e amor no mesmo ambiente

“Onde se ganha o pão não se come a carne.” O ditado está ficando ultrapassado.
 
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos revela que quase 40% dos profissionais já namoraram com um colega de trabalho e a maioria destes casos resultou em casamento.

Passamos a maior parte do nosso tempo na empresa, em contato com os colegas e este tipo de comportamento é muito comum, pelo menos na empresa onde trabalho. 

Namorei um colega de trabalho por quase seis anos e posso dizer que a minha experiência foi boa. Entender o que o outro faz, conhecer as pessoas com quem trabalha, os colegas e nem tão colegas assim, as dificuldades e as limitações do dia a dia, é algo positivo ou pelo menos, foi no meu caso. Os assuntos e os amigos em comum aumentam e fica mais fácil de um compreender o outro e se ajudar nas dificuldades.

Tenho amigos que trabalham em empresas onde o velho ditado “onde se ganha o pão não se come a carne” ainda vale. Como se pudessem impedir algo que muitas vezes nem nós mesmos conseguimos controlar. Claro que as pessoas dão um jeito de driblar essas regras e se envolvem da mesma forma. A única diferença é que ninguém pode saber ou, um dos dois acabará demitido.

De acordo com a minha experiência, penso que cabe a nós escolher se queremos ou não nos envolver com um colega de trabalho. Afinal, durante o expediente podemos e devemos ser apenas colegas de trabalho (embora nem todos tenham essa consciência e maturidade). Cobrar profissionalismo sim (e punir casos de falta de profissionalismo para dar exemplo aos demais também vale), porém decidir com quem podemos nos envolver, como se fossemos adolescentes e a empresa nossos pais, não. Somos grandes o suficiente para fazer nossas escolhas e pagar o preço delas. Não é porque alguns não sabem se comportar que precisa proibir geral, você não acha? Vai dizer que não é uma delícia ser paquerada por alguém que você conhece e vê todos os dias? O dia fica mais gostoso, o trabalho rende mais, os colegas percebem o brilho no olhar e todos ganham com isso.


16 de fevereiro de 2013

Equilibrar papéis e fazer escolhas

A felicidade está dentro de nós e para encontrá-la precisamos nos conhecer.

Entrei este ano pensando sobre diversos assuntos e um deles é a importância de puxar para nós o controle da nossa própria vida. Saber que temos opção de escolha, que podemos mudar a forma que enxergamos a vida e passar a fazer o papel de protagonista ao invés de simples coadjuvantes da nossa própria história.

Se engana quem pensa que deixar a nossa felicidade nas mãos de terceiros é o caminho mais fácil para ser feliz e realizado. Este é, na verdade, o caminho mais curto para o insucesso e a frustração. Uma forma de nos isentar da responsabilidade que temos com nós mesmos.

Se muitas vezes nem nós sabemos o que nos faz feliz, como que outra pessoa, que tem a forma de enxergar, viver e sentir diferente da nossa, poderia saber? Segundo entrevista da psicóloga Rita de Cássia de Araújo Almeida à Revista Época, "não há como entender a felicidade com a razão, não é possível mensurá-la ou pensá-la como um modelo que valha para todos, todo o tempo. A sensação de felicidade é uma experiência singular, única para cada pessoa."

Com o amadurecimento descobrimos aquilo que nos faz bem e é importante colocar as descobertas em prática para mandar o estresse embora, para nos tornarmos mais leves perante a vida, para adquirir o equilíbrio e assim, contribuir para a nossa felicidade e a de quem está próximo de nós. Temos que assumir o controle da nossa vida, fazendo escolhas e optando por aquilo que é bom para nós.

Hoje li um artigo da Cristiane Segatto para a Revista Época que fala sobre uma pesquisa desenvolvida pela professora Christine M. Proulx, do departamento do desenvolvimento humano e estudos de família da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos. A professora analisou diversos casais e descobriu que casamentos, relacionamentos positivos ou negativos, afetam a saúde dos indivíduos.

Não precisamos de muita análise para descobrir que a insatisfação trás consequências negativas. Basta prestar atenção em nós mesmos, em nossas relações. Quem nunca insistiu em um relacionamento que não fazia bem, mas que foi arrastando até que não dava mais? Nos prendemos em coisas, pessoas ou relacionamentos infrutíferos por medo da mudança, de como será o amanhã ou qualquer outro motivo que pareça justificar que continuemos empurrando a situação com a barriga. O que na verdade nos impede de resolver a situação e partir rumo a felicidade é a nossa falta de confiança em nós mesmos. William James disse: "Não existe outra causa para o fracasso humano senão a falta de fé do homem em seu verdadeiro ser."

Se homens e mulheres estão cada vez menos seguros de si e desconhecem a si mesmos e aquilo que lhes faz bem, como podemos esperar um dia encontrar alguém que nos faça feliz? Parece que estamos esperando ser salvos de algo. Seria de nós mesmos? Da nossa dificuldade de entender e aceitar que a nossa felicidade só depende de nós? Que a vida é feita de erros e acertos, que temos o direito de errar porque errando aprendemos e até mesmo os grandes exemplos da humanidade erraram ("Eu não falhei, encontrei 10 mil soluções que não deram certo." Thomaz Edison)?

Não acredito (já acreditei, mas hoje não mais) que a minha felicidade depende de encontrar "a" pessoa certa. Acredito sim que, quando eu estiver madura e equilibrada (e isso depende da minha vontade de chegar lá) e conhecer um homem nas mesmas condições, poderemos complementar a felicidade um do outro. Ele não será responsável pela minha felicidade nem eu pela dele. Seremos parte da felicidade um do outro.


Erramos quando colocamos o nosso foco todo em alguém ou em encontrar alguém. Temos que equilibrar a nossa vida, pois desempenhamos muitos papéis e todos eles precisam ser alimentados para que a felicidade seja completa. Vamos pensar naquele tipo de balanço que precisa de duas crianças para que a brincadeira funcione - uma de cada lado. Se todo o peso estiver de um lado só, não dá para brincar, mas se tiver equilibrado ou mesmo com uma pequena diferença de peso, dá para se divertir um bocado. Na vida também é assim. Precisa haver um equilíbrio entre os diversos papéis para que a felicidade esteja presente.

Ser feliz ou infeliz está nas nossas mãos. Pense nisso e deixe o seu comentário.

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