Muitas vezes o desespero toma conta de mim. Meu estômago queima, minha respiração fica difícil, fico agitada, não consigo me concentrar em nada. Gostaria de resolver todos os problemas no exato momento em que eles surgem na minha vida.
Como se já não bastassem as minhas adversidades e limitações, ainda tenho que lidar com os problemas da minha família, lutando para que essa nova geração não faça as mesmas burrices que a minha fez, devido à ignorância de nossos pais.
Como pode em pleno século XXI alguém pensar em abandonar os estudos?! Fico indignada com essa possibilidade dentro da minha família. Ao mesmo tempo me sinto de mãos atadas. Estou há mais de 1800 km, não sei exatamente o que está se passando, mas já pressinto a tragédia.
Sapateio, resmungo, falo até cansar, mas nada consigo. Levei uma caixa gigantesca de livros para os meus sobrinhos quando estive em visita ao sul - na esperança de interessá-los pelo caminho das letras. No entanto, parece que nada os tira do marasmo da vida sem expectativas futuras. Minha sobrinha, com 15 anos, quer abandonar os estudos. Diz querer trabalhar. Pergunto-me mil vezes, o que poderá fazer uma adolescente do interior, com 15 anos, que não tem o ensino médio concluído e que não gosta de ler, nem escrever. Ainda não encontrei a resposta.
Ligo para casa toda semana na tentativa de dissuadi-la da idéia e também tentar influenciá-la no caminho da leitura, da escrita e do estudo por amor. Mas, sinto que estou a ponto de desistir. Sou da idéia de que para receber ajuda primeiro precisamos nos ajudar e não vejo isso vindo do outro lado. Minhas aliadas na batalha não conseguem nem mesmo argumentar com a rebelde. Não têm conteúdo, além das ameaças comuns aos meus tempos de criança.
Preciso abastecer minhas armas, não posso me dar por vencida. Acredito que falar a verdade seja um bom caminho. Todas as vezes que escutei a crua verdade me doeu muito, mas foram as vezes que mais senti vontade de crescer e lutar para realizar os meus sonhos. Talvez este seja o momento de dizer aquilo que venho guardando por receio de magoar ou afugentar minha querida "aborrecente". Vou arriscar, pode ser que valha a pena e um dia ela me agradeça por isso.
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24 de janeiro de 2008
23 de janeiro de 2008
Abusado e Rota 66 - Caco Barcellos

No decorrer da leitura fiquei impressionada com a crueldade dos assassinatos denunciados pelo jornalista e ao mesmo tempo me perguntando se tudo o que está escrito é verdadeiro. Até que ponto esse livro pode ser tendencioso?
Conheço pouco sobre o Caco Barcellos, mas posso dizer que gosto muito da forma como ele escreve, no entanto, algumas vezes me pego pensando que ele faz os bandidos parecerem bons quando os apresenta em seus textos.

Quando li "Abusado" tive a impressão de que o Juliano VP não era uma pessoa má, um bandido que matava e roubava a população. E hoje, depois de ler "Rota 66" fiquei com a impressão de que só a polícia é ruim, os bandidos, apesar de assaltarem, sequestrarem, violentarem e roubarem não são tão maus quanto pensamos. Tweet
Abrindo o coração
Em alguns momentos penso que estou perdendo tempo. Mas como poderia estar perdendo tempo se todo aprendizado é válido e eu preciso pagar o aluguel e a faculdade?
Certos dias, como hoje, tenho uma vontade insaciável de pesquisar, ler e escrever. No entanto, fico me perguntando pesquisar e escrever o quê? Pra quem?
Meu desejo de aprender é muito grande, mas aprendemos mais praticando e eu não estou praticando o que estou aprendendo. Vejo meus colegas de sala fazendo estágio, assistindo palestras, fazendo entrevistas e outros, passam o dia inteiro fazendo o que bem entendem – escrevendo no blog, lendo, se instruindo, fazendo cursos. E eu aqui... presa pela minha necessidade.
Como posso fazer as coisas acontecerem? Sinto uma vontade imensa de gritar, correr, chorar... Queria que o final de semana fosse eterno. Ele é pouco para ler tudo o que preciso, quero e gosto. Minha lista de livros já passa dos 250 títulos. Nas férias consegui ler somente cinco deles... Enquanto eu leio cinco, ela cresce mais 10. Eu me pergunto: quando vou me sentir segura, sabendo que li boa parte do que precisa ler?
Quando acesso o Blog Novo em Folha, do curso de jornalismo da Folha, fico agitada, não tenho como competir com muitos que ali estão. Eles não estão presos como eu... escrevem bonito, viajam, tiram fotos maravilhosas, falam inglês, espanhol e sei lá mais o quê.
Preciso cortar as amarras. Quero liberdade, ar fresco, vida nova. Estou me sentindo sufocada, agonizando.
Saio da sala, vou beber água... No corredor só pessoas estranhas, não sei onde estou, quem sou... o que estou fazendo aqui...
Ah, é verdade... estou no trabalho. Estou de volta à minha sala, com diversos trabalhos para fazer, mas nenhum deles que eu precise ler ou escrever alguma coisa. Lembrei... preciso trabalhar para pagar a faculdade e o aluguel.
Enquanto eu não tiver condições de ganhar algum dinheiro com os meus pensamentos, vou ficando por aqui. Vou levando, sonhando e esperando. Dizem que para tudo tem a hora certa... tenho certeza que a minha vai chegar. Tweet
Certos dias, como hoje, tenho uma vontade insaciável de pesquisar, ler e escrever. No entanto, fico me perguntando pesquisar e escrever o quê? Pra quem?
Meu desejo de aprender é muito grande, mas aprendemos mais praticando e eu não estou praticando o que estou aprendendo. Vejo meus colegas de sala fazendo estágio, assistindo palestras, fazendo entrevistas e outros, passam o dia inteiro fazendo o que bem entendem – escrevendo no blog, lendo, se instruindo, fazendo cursos. E eu aqui... presa pela minha necessidade.
Como posso fazer as coisas acontecerem? Sinto uma vontade imensa de gritar, correr, chorar... Queria que o final de semana fosse eterno. Ele é pouco para ler tudo o que preciso, quero e gosto. Minha lista de livros já passa dos 250 títulos. Nas férias consegui ler somente cinco deles... Enquanto eu leio cinco, ela cresce mais 10. Eu me pergunto: quando vou me sentir segura, sabendo que li boa parte do que precisa ler?
Quando acesso o Blog Novo em Folha, do curso de jornalismo da Folha, fico agitada, não tenho como competir com muitos que ali estão. Eles não estão presos como eu... escrevem bonito, viajam, tiram fotos maravilhosas, falam inglês, espanhol e sei lá mais o quê.
Preciso cortar as amarras. Quero liberdade, ar fresco, vida nova. Estou me sentindo sufocada, agonizando.
Saio da sala, vou beber água... No corredor só pessoas estranhas, não sei onde estou, quem sou... o que estou fazendo aqui...
Ah, é verdade... estou no trabalho. Estou de volta à minha sala, com diversos trabalhos para fazer, mas nenhum deles que eu precise ler ou escrever alguma coisa. Lembrei... preciso trabalhar para pagar a faculdade e o aluguel.
Enquanto eu não tiver condições de ganhar algum dinheiro com os meus pensamentos, vou ficando por aqui. Vou levando, sonhando e esperando. Dizem que para tudo tem a hora certa... tenho certeza que a minha vai chegar. Tweet
19 de janeiro de 2008
Correndo atrás do prejuízo...
Depois de acessar o Blog Novo em Folha, como faço quase que diariamente, nesta última sexta-feira fiquei com palpitações ao ver as fotos do blog Beira de Estrada.
Como vocês já sabem, sou estudante do curso de Jornalismo. No último semestre tive aulas de fotografia. Mas, como vocês podem ver não deu para aprender quase nada. Bom, não era para menos, tinhamos apenas sete ou oito equipamentos disponíveis para mais ou menos 50 alunos e apenas uma professora para nos ensinar.
Infelizmente, eu não consegui aprender quase nada e agora estou como doida tentando realizar alguma coisa, correr atrás do prejuízo - onde vou quero tirar fotos. Acho que tenho bilhões delas no meu computador, no entanto, poucas podem ser vistas, porque o resultado não ficou dos melhores.
23 de dezembro de 2007
Brincadeira legal...praticando fotografia digital
além de ter muita luz.
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