29 de janeiro de 2009

Augusto de Campos

fer
ida
sem
ferida
tudo
começa
de novo
a cor
cora
a flor
o ir
vai
o rir
rói
o amor
mói
o céu
cai
a dor
dói

6 de janeiro de 2009

Sou fã

Gosto da forma como a Martha Medeiros escreve. Tudo tão simples, tão claro. Parece fácil como respirar. Não sentimos o tempo todo que estamos respirando. Fazemos sem pensar, no entanto, estamos respirando. Ela escreve, descreve e faz parecer assim, natural.

Para mim, escrever é difícil. Quero dizer, escrever sem ter um tema, sem ser algo encomendado. Escrever por escrever. Soltar as palavras, fazer fila com elas, brincar de roda. Elas ficam me atormentando, zoando de mim e nada de sair. Fico quase louca. Raramente elas se deixam sair e me brindam com a alegria de escrever, mesmo que seja para dizer nada, como agora. Só para desopilar e continuar levando a vida.

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