17 de março de 2007

Exposições no Instituto Tomie Otake

Hoje, dia 17 de março de 2007 reservei algumas horas do dia para ver exposições no Instituto Tomie Otake, que embora seja perto da minha casa, nunca tinha entrado para conhecer.
Quando saí de casa pela manhã, tinha intenção de ver somente uma exposição de desenhos gráficos que foi indicada pela professora Ana de design gráfico, porém chegando lá não consegui ficar só nesta e aproveitei para ver outras que estavam próximas.
A primeira, a indicada, de Desenho Gráfico mostra um pouco sobre o trabalho do artista João Baptista Costa Aguiar, que além de criar projetos para capas de livros, criou marcas de empresas como a da editora Companhia das Letras, formulou um sistema de marcas para a Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo e também para a própria cidade.
Além de todo o material, tinha ainda alguns livros para quem tivesse curiosidade em ver o trabalho mais de perto.
Não restam dúvidas de que trata-se de um grande artista. Acho que a maioria de nós, mesmo sem saber, tem em casa algum livro com a capa feita por ele.
Em seguida vi a exposição de Sinais Particulares (seção de desenhos que temperam diariamente com arte e humor as páginas de jornais dedicadas a textos mais densos e analíticos) dos artistas Loredano e Leo Martins. O material exposto sai diariamente na parte de baixo da segunda página do jornal O Estado de S.Paulo.
São caricatuas de figuras importantes de todo o mundo, como por exemplo o Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, o Deputado Aldo Rebelo, o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, o Presindente dos EUA, George W. Bush, os Ronaldinhos entre outros tantos.
Assim como no caso anterior, observa-se um trabalho de qualidade, bem apresentado e com muito humor.
Mas a que mais chamou minha atenção foi a Auto Biografia do Gesto, de Emanoel Araujo. Uma exposição grande não só no tamanho do espaço que se apresenta (ocupa as principais salas do instituto), como também na qualidade do material apresentado. Peças maravilhosas, de um trabalho impecável, que somente um grande artista poderia conceber.
Tive o prazer de ver esculturas, relevos e uma série inédita, Cosmologia dos Simbolos (2006/2007), pertencente a ornamentação de cerimônias religiosas e festejos populares africanos. Algo realmente impressionte.
Além de trabalhos tridimensionais, contemplei ainda uma coleção de trabalhos gráficos do artista. São cerca de 30 gravuras, cartazes, livros, programas e convites desenhados por ele. E mais, pude ver pela primeira vez na minha vida uma xilogravura (técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado).
Emanoel Araujo começou a ter lições de marcenaria na infância, o que nos faz entender a perfeição dos acabamentos de suas esculturas, misturas de fragmentos de madeira torneados do século XVIII e XIX, com outros materiais como vidro, ferro e miçangas que colaboram para a atmosfera silenciosa, um respeitoso tributo ao sagrado.
Embora eu ainda não entenda nada de exposições de arte, saí de lá sentindo grande alegria, pois minhas horas livres foram bem aproveitadas e eu ainda adquiri um pouquinho mais de cultura, algo realmente valioso.

2 comentários:

Cris Morgato disse...

Nossa, nossa, nossa... fiquei alguns dias sem entrar aqui (ok, não foram poucos dias), e qdo voltei está cheio de textos novos! Prometo que vou ler tudinho assim que der uma aliviada aqui... Legal, Lan, continue levanto seu blog em frente!
Beijão!
Cris

Unknown disse...

Lindinha, estou adorando seus texto!
Beijos

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