7 de outubro de 2007

Bate-papo com Ana Paula Sousa da Carta Capital

Por Elaine Dellaflora

Formada em jornalismo pela faculdade Cásper Libero e Comunicação Social pela USP, Ana Paula Sousa é subeditora da revista Carta Capital, desde 2001 e colunista de Artes e Espetáculos da rádio Band News FM desde 2005. Atualmente atua como crítica de cinema e repórter de políticas culturais.

Bem humorada, Ana Paula fez uma palestra para os estudantes do curso de jornalismo da UNIP neste último dia 05 de outubro. Na abertura falou um pouco sobre sua experiência profisional. “Começei como rádio-escuta da Rádio Trianon, cobria a parte policial. Pensei que nunca trabalharia com polícia”, diz rindo.

Falou rapidamente sobre a revista Carta Capital, de Mino Carta, e a personalidade do homem lendário. “Ele é um homem muito odiado e que odeia muitos. O Mino é um homem cheio de ódios. Posso falar porque ele não está aqui e não ficará sabendo”, disse ela.

Apaixonada por cinema, Ana Paula deixa claro á platéia que para ser jornalista cultural precisa amar cinema, livros e teatro. Gostar de ler e ler muito, diariamente, é excencial para os pretendentem seguir essa área.

Ao ser questionada se a falta de leitura é devido ao alto preço dos livros ou simplesmente falta de interesse por parte dos estudantes, Ana Paula respondeu: “o valor dos livros não pode ser desprezado, mas leitura é hábito. Não adianta colocar um livro como “A montanha mágica” de Thomas Mann – que é maravilhoso, que se a pessoa não leu outros livros antes, não irá gostar deste. Não saberá apreciá-lo. É questão de prática, temos que exercitar a leitura diariamente. Não é algo fácil para os iniciantes. Gostaria de lembrar também que não podemos deixar de observar o sucesso do site Estante Virtual que faz buscar de livros nos sebos cadastrados”.

Como última mensagem, a jornalista fez questão de dizer: “ler jornais para saber das notícias e livros para ter conhecimento cultural de mundo. Ler é o segredo para chegar ao bom texto. Quem tem o hábito da leitura tem mais facilidade para escrever.”

6 de outubro de 2007

Concerto da Osesp no Parque Villa Lobos

Por Elaine Dellaflora

A Orquestra Sinfônica de São Paulo, Osesp, realizou um concerto ao ar livre, no Parque Villa Lobos, em São Paulo, neste último domingo, 30 de setembro.

Estima-se que, apesar das nuvens e do frio, pelo menos 20 mil pessoas tenham passado pelo Parque para assistir o evento, que foi ralizado em parceria com o Unibanco.

A programação iniciou às 10h com a apresentação dos Coros Infantil, Juvenil e Adulto e na sequência três dos 15 alunos da Acadêmia da Osesp. Às 12h o regente John Neschling assumiu o espetáculo, que foi transmitido ao vivo pela TV Cultura.

Os concertos ao ar livre, assim como as turnês por vários países, já fazem parte da tradição da Orquestra do Estado, que foi fundada em 1954 pelo maestro Souza Lima, e que hoje é considerada a mais destacada da América Latina. Mas nem sempre foi assim. No início da carreira teve altos e baixos e algumas vezes teve que paralizar suas atividades devido a gravidade dos problemas enfrentados.

Ao longo desses 53 anos de vida a Osesp passou pela regência de grandes maestros como o italiano Buno Roccela, Eleazar de Carvalho – durante 24 anos, e desde 1997 está sob a direção do maestro John Neschling.

A partir de 99 a Orquestra ganhou uma sede própria - a Sala São Paulo, e hoje conta com a participação do Coro Sinfônico do Estado de São Paulo, que deu origem aos Coros Sinfônicos e de Câmara - seu objetivo é divulgar obras do repertório coral de câmara e da literatura a cappella. Conta também com um Coro Infantil e um Juvenil.


Não é a primeira vez que a parceria Unibanco/Osesp leva a música clássica ao Parque Villa Lobos - isso ocorre há pelo menos três anos, graças a boa infra-estrutura do parque, que foi fundado em 1994 e conta com uma área verde de 732 mil m², ciclovia, playground, quadras de tênis, futebol, basquete, pista para corrida, espaço musical para shows e concertos, um anfiteatro
aberto de 729 m², com 450 lugares, banheiros, lanchonete e vagas de estacionamento.

Pesquisa revela que ricos têm mais anos de estudo que pobres

Por Elaine Dellaflora

Conforme matéria postada no site de notícias G1, no dia 02 de outubro de 2007, uma pesquisa feita pelo Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) divulgou que para cada ano de estudo de um aluno pobre, o rico estuda três. Ou seja, os ricos passam 10,2 anos na escola e os pobres, 3,9.
Essa diferença é procupante para qualquer pessoa que considere a educação escolar importante na formação dos novos profissionais que surgem no mercado de trabalho.

Mesmo que nas últimas décadas a desigualdade tenha diminuido, a diferença ainda é muito grande. E não são poucos os fatores que colaboram para piorar ainda mais a nossa situação. Não precisamos de pesquisas para saber que diariamente crianças abandonam os estudos para trabalhar e ajudar no sustento da família e outras tantas, muitas vezes, não têm forças para estudar devido a má alimentação, cansaço físico ou mental, sem contar com a falta de incentivo dos pais que neste caso é de extrema importância.

Quando paramos para pensar sobre o assunto fica fácil entender porque a maioria dos ocupantes das vagas nas universidades públicas vêm da classe média e alta. Se todos os estudantes tivessem tempo e condições para se dedicar aos estudos não estaríamos nas condições atuais.

Pouco adianta aumentar o número de escolas e universidades no país se não melhorar a qualidade do ensino aplicado - muitos professores não estão preparados para ensinar. Precisamos de uma reforma geral na educação no Brasil.

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