24 de março de 2007

Minha última leitura

Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley

Aldous Huxley nasceu em 1916 na Inglaterra, filho de uma família da elite intelectual inglesa, tem mais de quinze obras conhecidas no mundo. Entre elas está Admirável Mundo Novo, publicado na década de 30, período no qual sua obra adquire um tom sombrio.
Bastante futurista para sua época, neste livro Huxley descreve dois tipos de sociedades. A civilizada - na qual as pessoas são criadas em laboratórios e pré-condicionadas, através de gravações hipnopédicas, a viverem em harmonia com as leis e regras da sociedade - e a selvagem – os índios, pessoas como nós, que amam, pensam, choram, questionam, casam, tem filhos, envelhecem e sofrem com a morte de um ente querido.
A sociedade civilizada divide-se em castas superiores e inferiores: Alfas, Betas, Gamas, Deltas e os Ípsolons. Nela não existem família, sentimento, valor ou espiritualidade. Ser mãe é uma verdadeira vergonha. "Cada um é de todos", ou seja, não existe namoro, casamento nem fidelidade.
Somente pessoas magras, bonitas e bem cuidadas são aceitas de forma natural. É recorrente o uso de drogas – soma, que lembra o êxtase dos dias atuais e o mescal, líquido com aparência de água, porém com odor forte - para fugir de algo que possa levar o indivíduo ao questionamento.
Ao longo das intermináveis horas de gravações hipnopédicas também são condicionados para o consumismo e a liberdade sexual - algo natural desde a mais tenra idade.
Nesta sociedade os carros, assim como a velhice e a morte, são coisas do passado, foram substituídos pelos helicópteros.
Para quem não tem o hábito de leitura frequente, talvez seja um tanto difícil chegar ao fim do romance para saber o que acontece quando um selvagem e uma civilizada se apaixonam, porém para aqueles que gostam de viajar junto com o escritor vale a indicação. Gostei do livro.

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