10 de março de 2007

Passeando pelo Centro Cultural São Paulo

Além das muitas atividades oferecidas por uma biblioteca, o Centro Cultural São Paulo dispõe de uma Discoteca, recursos audiovisuais e laboratório de línguas.
Criado há mais de 10 anos para atender pessoas que querem aprender outra língua e não podem pagar um curso, nem aulas particulares, o laborátorio de idiomas e recursos audiovisuais do Centro Cultural São Paulo vai do inglês básico a idiomas nada comuns no nosso dia-a-dia como hebraico, grego, servo-croata e espartano. Os cursos são gratuitos e não são acompanhados por professores, ou seja, funcionam se o aluno for autodidata. Estão à disposição dos interessados, livros, fitas cassetes, vídeos, CDs e fones de ouvidos.

Segundo funcionários da bibliotéca, o curso é muito procurado, tem duração indeterminada e para se inscrever basta ir pessoalmente até o local e ver a disponibilidade das vagas. “No momento estão todas preenchidas e novas vagas abrem somente com a desistência de alunos ou quando da eliminção por faltas” disse a atendente.
O curso funciona da seguinte forma: são duas aulas semanais de 45 min ou, em caso de alunos que fazem aos sábados ou domingos, uma aula de 90 min por semana. No primeiro caso, o aluno perde a vaga se tiver a terceira falta no mesmo mês e no segundo caso, a matrícula é cancelada na segunda falta do mês. “Não são feitas alterações de dias nem horários de cursos e só é permitido fazer um idioma por vez. É proibido xerocar e/ou copiar o material, ouvir AM, FM e fitas particulares dentro do laboratótio” diz ainda a atendente.
Conforme Marli Barbosa, funcionária pública e convocada para trabalhar no laboratório em alguns fins de semana, trata-se da única bibliotéca em São Paulo que oferece esta opção e “se o aluno for esforçado, dá para aprender sim outra língua fazendo o curso aqui. Tem o caso de uma moça que aprendeu inglês aqui conosco e depois foi viajar para o exterior e não teve nenhum problema com o idioma na hora de se comunicar”. Ainda segundo a mesma, os cursos mais procurados são inglês, japonês, italiano e espanhol.
A maior parte dos freqüentadores dos cursos são jovens e idosos e este é o motivo dos muitos problemas enfrentados pelos bibliotecários, segundo outra atendente. “Os idosos acham que porque são velhos podem fazer o que bem entendem e isso não está certo. Então, sempre temos algum tipo de problema”.
Durante minha visita pude presenciar uma das várias situações citadas por elas. No caso, um senhor de mais ou menos 65 anos, que disse ter problemas auditivos estava perturbando a paz dos estudantes durante a aula, porque dizia não ouvir o som com os fones de ouvidos. Quando Marli foi pedir que não atrapalhasse o estudo dos colegas o mesmo ficou exaltado e mostrou-lhe um papel, que, pelo que entendi, tratava-se de uma prescrição médica do seu problema de audição. Entretando as atendentes pediram que não fizesse mais barulho ou chamariam o segurança para retirá-lo da sala.
Segundo Marli, ainda ocorre que alguns freqüentadores levam material embora. “Isso quando não quebram os instrumentos de aula. "E o pior é que esperamos juntar vários equipamentos com problema para mandar concertar, o que diminui o número disponível para as aulas em alguns dias. Aceitamos doações de equipamento e livros de idiomas, mas até agora recebemos apenas uma doação de equipamentos”, disse uma funcionária que não soube identificar a instituição que fez a boa ação.
Hoje pude conhecer um pouco mais sobre as opções disponíveis no espaço, porém fico por aqui e outro dia voltarei ao local para visitar exposições, assistir um filme, peça de teatro, palestra ou quem sabe participar de uma aula de dança e expressão corporal.

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