5 de maio de 2007

Sem grito nas feiras

Acabo de ler na revista Carta Capital que o Prefeito do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab criou o Decreto nº 48.172, para acabar com o excesso de barulho nas feiras livres nas cidades do estado. Nada mais justo com os moradores das ruas e redondezas onde elas acontecem.

Concordo que as feiras nos trazem certa alegria e tudo o mais, como disseram alguns frequentadores ouvidos por Carta Capital, mas vamos combinar. Não precisa tanta gritaria para atrair os clientes e fechar uma venda. Tudo pode ser feito de forma civilizada. Afinal, somos seres humanos, conversando tudo se resolve.

Para os feirantes, acostumados ao barulho, vender suas mercadorias aos berros faz parte do contexto, para alguns poder ser até divertido. “Faz parte da tradição da feira livre”, disse um deles a Carta Capital. Porém, para os moradores das redondezas deve ser um absurdo ter que aguentar todas as semanas, por horas e horas, a mesma algazarra. “Nada pode ser feito com tranquilidade, nem mesmo dormir, pois eles chegam de madruga para começar a montagem das barracas e só vão embora no meio da tarde”, disse Maria de Lourdes, 54 anos, moradora de uma rua, no bairro de Moema, onde acontece uma feira todas as semanas.

É possível entender a revolta de muitos feirantes com o novo decreto, pois eles vêm no grito uma forma de atrair a clientela para o menor preço, mas infelizmente, vivemos num mundo muito estressado. Trabalhamos o dia todo e muitas vezes, até tarde da noite, quando não nos fins de semana. Por isso, quanto menos barulho, melhor.

Se para obtermos tranquilidade dentro de nossos próprios lares se faz necessário que gastemos um pouco mais de dinheiro na hora de comprar frutas, verduras e legumes, que assim seja. Tudo pelo maior tempo de paz possível.

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