9 de abril de 2008

Um pai foi acusado injustamente

Acabo de ler o relato do jornalista Guilherme Fiúza sobre o acidente que causou a morte de seu primeiro filho, que caiu do 8º do prédio onde morava.

Guilherme, assim como o pai e a madrasta de Isabella Nardoni, foi suspeito de cometer o assassinato do filho. Vizinhos testemunharam dizendo ter ouvido barulho, brigas, gritos vindos do apartamento do jornalista, o que dava a entender que ele ou eles (ele e a esposa) haviam provocado a morte da criança.

Muitas vezes já me perguntei se o mesmo pode estar acontecendo no caso "Nardoni". Chego todos os dias no trabalho, acesso a internet na esperança de que o caso tenha sido solucionado, que o ou os verdadeiros culpados tenham sido descobertos. Mais uma vez fico na esperança de que amanhã será diferente, a polícia fará seu trabalho bem feito e o caso terá um fim com a punição dos responsáveis.


Pelo que entendi do caso de Guilherme Fiúza, na época eles conseguiram escapar do assédio da mídia. “Quando a Polícia Militar nos permitiu deixar o apartamento, no qual nunca mais voltaríamos a morar, tivemos que deitar no chão do carro, para evitar a multidão de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas.” Mas infelizmente o contrário ocorre no caso de Isabella. O pai, a madrasta e a mãe foram superexpostos desde o primeiro dia, porque a mídia sabe que o povo adora saber da desgraça alheia e aproveita disso para vender mais e mais exemplares de jornal, revista etc.

Guilherme Fiuza levou tempo para provar o erro de seus vizinhos e que foi realmente um acidente fatal que vitimou seu filho.

Pergunto-me quanto tempo mais vai levar para que o caso da menina Isabella seja resolvido? E se não foi o pai e a madrasta, conforme eu já havia comentado em post anterior? Quantas vítimas mais nosso sistema falido de segurança, ou insegurança como comentou um leitor de Guilherme, fará?

Estes não são os únicos casos, existem outros que desconhecemos. Até quando ficaremos calados perante a impunidade de casos julgados erroneamente? Até quando pagaremos por um serviço deficiente? Precisamos parar para pensar porque o próximo pode ser qualquer um, eu, você...

2 comentários:

Aline Merchan disse...

Este caso me deixa cada dia mais confusa. Espero que a imprensa tenha mais cautela a partir de agora, e não leve a opinião pública para o rumo errado. Já vimos diversos casos onde isso acontece, não queremos mais um. Para nós, é só mais um, para eles, é a vida de 4 pessoas, a cabeça de crianças que acompanham sem saber o que acontece. Como o Fiuza disse, não é um episódio de Big Brother onde saem comentando e pouco importa, são pessoas de verdade com uma vida pela frente...
Não quero defender nem acusar ninguém, como você, quero que a justiça seja feita.

Artsy-Fartsy disse...

Elaine, prezada, se tiver paciência, dê uma olhadinha neste meu texto, que é uma análise estritamente jurídica do caso. O link: http://assombradasombra.blogspot.com/2008/04/isabella-o-exagero-e-consecuo-da-justia.html

Abraços!

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