27 de julho de 2008

Direitos e deveres

Do ônibus o passageiro joga papel de bala, latinha de refrigerante ou qualquer outra coisa que esteja em suas mãos que não lhe serve pra nada. Das janelas dos carros que passam voam papéis de propagandas recebidas nos faróis. Das crianças e adultos que caminham pelas ruas resta qualquer coisa que não lhes tem utilidade. E assim a cidade vai ficando cada dia mais suja, atulhada. Vira calamidade.

Quando a chuva chega, bastam quinze minutos para que as ruas fiquem inundadas e as casas invadidas pela água tenham seus móveis destruídos.

Está aí um pretexto para que seus ocupantes possam sair às ruas para protestar. Aparecem na televisão chorando para culpar o governo de suas desgraças, sem jamais tomarem consciência de que são prejudicados por suas próprias ações. É a natureza se vingando dos maus tratos recebidos dos homens.

Somos os culpados por muitas desgraças que nos acontecem, mas preferimos nos fazer de inconscientes. É mais fácil culpar o prefeito ou o presidente da república do que olhar para nosso umbigo e refletir sobre nossas ações.

Exigimos decência e respeito quando na verdade não sabemos o que isso quer dizer. Pedimos nossos direitos sem cumprir antes nossos deveres. A desculpa usada para tamanho descaramento é que não recebemos educação para agir de forma diferente. Mas já não somos mais crianças. As informações estão aí. Se não queremos viver na ignorância, atolados em nosso próprio lixo devemos buscar o conhecimento, fazer o que é necessário e ajudar a conscientizar o outro que, se cada um fizer sua parte, a vida pode melhorar para todos.

Não só o Brasil, mas o mundo espera que cada um de nós cumpra nosso dever para que um dia nossa consciência esteja em paz e a natureza não mais se volte contra nós.

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