Nas últimas semanas, pelo menos 46 pessoas, de nove estados, foram acusadas de fazer parte de um esquema fraudulento de desvio de verbas públicas. A operação da Polícia Federal que investiga o caso recebeu o nome de "Operação Navalha".
Todo o esquema foi descoberto quando a Polícia Federal investigava o envolvimento de policiais federais em crimes na Bahia.
Entre os envolvidos, além de um ex-deputado federal, um assessor do Ministério de Minas e Energia, um deputado distrital, prefeitos e funcionários públicos, estão o atual e o ex-governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT) e José Reinaldo Tavares (PSB), respectivamente.
Até agora, o montante dos desvios ficam em torno de 30 milhões de reais, somente nestes últimos anos. Dinheiro este, que deveria ir para obras públicas de eletrificação, manutenção de rodovias e saneamento básico.
O trâmite era feito através da empreiteira baiana Gautama, que era responsável por emitir as licitações e que pagava propina aos demais envolvidos para que tudo fosse feito conforme a vontade de seus comandantes.
Segundo a ministra do Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, a empreiteira recebeu dinheiro até mesmo por obras que nunca foram realizadas e que o esquema pode ser dividido em três níveis, sendo que no primeiro está Zuleido Soares Vegas, proprietário da Gautama. Em segundo, servidores – os intermediários entre a empresa e os políticos - e por último estão os agentes públicos municipais, estaduais e federais.
Até agora poucos envolvidos foram presos, alguns interrogados, enquanto outros ainda permanecem livres para tentar limpar a sua barra.
Parece que estamos longe de ter um país administrado por pessoas integras e com responsabilidade para fazer bem feito o trabalho que são pagas para fazer.
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