25 de maio de 2007

Mais um esquema de fraude envolvendo políticos

Nas últimas semanas, pelo menos 46 pessoas, de nove estados, foram acusadas de fazer parte de um esquema fraudulento de desvio de verbas públicas. A operação da Polícia Federal que investiga o caso recebeu o nome de "Operação Navalha".

Todo o esquema foi descoberto quando a Polícia Federal investigava o envolvimento de policiais federais em crimes na Bahia.


Entre os envolvidos, além de um ex-deputado federal, um assessor do Ministério de Minas e Energia, um deputado distrital, prefeitos e funcionários públicos, estão o atual e o ex-governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT) e José Reinaldo Tavares (PSB), respectivamente.
Até agora, o montante dos desvios ficam em torno de 30 milhões de reais, somente nestes últimos anos. Dinheiro este, que deveria ir para obras públicas de eletrificação, manutenção de rodovias e saneamento básico.


O trâmite era feito através da empreiteira baiana Gautama, que era responsável por emitir as licitações e que pagava propina aos demais envolvidos para que tudo fosse feito conforme a vontade de seus comandantes.


Segundo a ministra do Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, a empreiteira recebeu dinheiro até mesmo por obras que nunca foram realizadas e que o esquema pode ser dividido em três níveis, sendo que no primeiro está Zuleido Soares Vegas, proprietário da Gautama. Em segundo, servidores – os intermediários entre a empresa e os políticos - e por último estão os agentes públicos municipais, estaduais e federais.


Até agora poucos envolvidos foram presos, alguns interrogados, enquanto outros ainda permanecem livres para tentar limpar a sua barra.


Parece que estamos longe de ter um país administrado por pessoas integras e com responsabilidade para fazer bem feito o trabalho que são pagas para fazer.

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