30 de março de 2008

Exposição no Citi - Faces do Realismo

Estará em cartaz até dia 10 de maio, no Espaço Cultural Citi, na Av. Paulista 1.111 a exposição Faces do Realismo, sob a curadoria do gaúcho Jacob Klintowitz (um dos mais respeitados críticos de artes plásticas do Brasil), que trás obras de quatro artistas brasileiros - cada um com suas tendências.

O baiano autodidata, César Romero, nasceu em Feira de Santana em 1950, iniciou-se nas artes plásticas aos 17 anos, ganhou 15 prêmios de pintura e três de fotografia. Seus trabalhos estão expostos em 28 Museus Brasileiros, realizou trabalhos para empresas nacionais e internacionais, fez capas de livros, ilustrações de poemas, contos, novelas e jornais. Seu processo de criação é semelhante ao popular, sua produção repete as formas e as multiplica.

Cirton Genaro, natural de Martinópolis, interior de São Paulo, estou pintura nos anos 60, é formado em Ciências Socais e sonha com a fraternidade. Suas obras mostram meninos de olhar perplexos, camponeses devotos, suburbanos solitários, mulheres douradas pelo outono, mendigos delirantes, pintores absortos e santos humanizados. Ou seja, Cirton do ponto de vista da ação é um humanista que optou pela construção pictórica e não cedeu ao convencional. O artista e professor, possui exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, recebendo elogios de críticos consagrados.

Nascido em São João Del Rei, o mineiro Fernando Pacheco, quando criança conviveu com o pintor italiano Domencio Lazarine e o escritor Carlos Heitor Cony. Concluiu o curso de pintura em 1982, mas sua 1ª exposição individual foi em 1976. Um ano depois recebeu seu 1◦ dos 15 prêmios de Pintura em Salões de Artes. Além destes, o artista teve 24 distinções diversas, realizou 07 Salas Especiais ou Artista Especialmente Convidado e 24 Individuais, num total aproximado de 350 participações. Seus trabalhos mereceram críticas, textos, seleções e premiações em Salões de Arte por parte de mais 140 críticos de arte, escritores, artistas e intelectuais brasileiros. Seus trabalhos mostram o calor, a alta pressão, a incandescência. Ele habita o presente, se faz e se refaz na ação diária.

O paraibano Sérgio Lucena, nascido na cidade de João Pessoa em 1963, é a revelação do individual. É onde acontece o encontro do contemplador com a pintura. O artista registra o universo humano, ou seja, aquele que é comum a todos.

Se eu disser que entendi as obras estaria enganando a mim mesma. Não conheço as técnicas usadas, não sei bem o que significam, qual a mensagem do artista para nós. Estou indo aos pouco. Dizem que temos que começar, com a repetição e um pouco de esforço podemos aprender qualquer coisa. É o que estou fazendo.

Aos meus olhos, Cirton Genaro foi o que mais agradou. Suas pinturas são fáceis de ver, têm formas, são suaves e representam o conhecido. Já as de Fernando Pacheco pulam a frente pelas cores vibrantes e seus desenhos enigmáticos. Fiquei alguns minutos tentando entender o que significam, sem sucesso. E por último Sérgio Lucena, esse sim, nada entendi.

Um comentário:

Anônimo disse...
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