23 de janeiro de 2014

Colocando a leitura em dia

As primeiras duas semanas de dezembro foram sensacionais. Estava no começo das "férias" e acordava me sentindo leve, cheia de energia, disposição, vontade de conhecer São Paulo e ler todos os livros possíveis (ainda acordo animada, mas com um pouco menos de adrenalina). Comecei a fazer lista de atividades para o dia seguinte pra não perder tempo pensando o que vou fazer quando acordar. Descobri que isso funciona pra mim.

Por volta das 07 horas da manhã o despertador toca e eu pulo da cama feliz da vida. É hora de ir para o Centro Cultural Vergueiro, à Biblioteca Mario de Andrade ou algum outro lugar onde posso ler sem compromisso. Gosto de marcar encontros com Julio Cortazar, Drummond e diversos outros escritores que estou conhecendo. Uma delícia!

No meio de dezembro viajei para o Rio Grande do Sul pra ficar algumas semanas com a minha família. Levei três livros comigo (A grande Virada, de Jose Luiz Tejon; Design Thinking Brasil, de Luis Alt e Tennyson Pinheiro; e De onde vêm as boas ideias, de Steven Johnson). Não quero perder tempo. Existem muitos bons livros esperando pra serem lidos e eu quero ler todos que puder ;)

Consegui ler metade do que levei. Fiquei três semanas e li um livro e meio. Até que não fui tão mal no propósito, contando que precisava dar atenção aos meus sobrinhos, minha mãe e minhas irmãs, além dos conhecidos.

De volta à São Paulo, estou tirando o atraso literário. Além de fazer caminhadas quase que diariamente na Avenida Paulista, passo horas dentro do meu pequeno apartamento lendo. Algumas vezes fico cansada e preciso descer até a rua pra dar um tempo. Mas não demoro muito e volto pra eles. Estou finalizando o quinto livro deste mês (além dos que levei na viagem, estão: Pode quem pensa que pode, de Lauro Trevisan; As consolações da filosofia, de Alain de Botton; e O corpo fala, Pierre Weil e Roland Tompakw).

Lembro que há alguns anos eu estava participando de um curso na Casa do Saber e alguém entre nós comentou que lia dois livros por semana. Na época fiquei me perguntando se algum dia conseguiria fazer isso. Acabei de descobrir que consigo se ficar diversas horas voltada somente para a leitura. Mesmo gostando muito de ler, penso que eu não conseguiria repetir por anos e anos essa façanha. Ler é um prazer então, não pode virar algo maçante ou uma obrigação. Ler uma hora ou duas por dia é agradável, mais do que isso me parece que seria cansativo e acabaria perdendo a graça.

Isso me faz lembrar de uma passagem de "As consolações da filosofia", de Alain de Botton, onde o autor cita trechos de Montaigne com o qual não posso deixar de concordar:

"Nunca me disponho a gastar meus neurônios por coisa alguma, nem mesmo em nome do conhecimento, por mais precioso que ele venha a ser. Dos livros, espero apenas que sejam um passatempo honesto e me proporcione momentos de prazer [...]."


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