25 de maio de 2007

Mais um esquema de fraude envolvendo políticos

Nas últimas semanas, pelo menos 46 pessoas, de nove estados, foram acusadas de fazer parte de um esquema fraudulento de desvio de verbas públicas. A operação da Polícia Federal que investiga o caso recebeu o nome de "Operação Navalha".

Todo o esquema foi descoberto quando a Polícia Federal investigava o envolvimento de policiais federais em crimes na Bahia.


Entre os envolvidos, além de um ex-deputado federal, um assessor do Ministério de Minas e Energia, um deputado distrital, prefeitos e funcionários públicos, estão o atual e o ex-governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT) e José Reinaldo Tavares (PSB), respectivamente.
Até agora, o montante dos desvios ficam em torno de 30 milhões de reais, somente nestes últimos anos. Dinheiro este, que deveria ir para obras públicas de eletrificação, manutenção de rodovias e saneamento básico.


O trâmite era feito através da empreiteira baiana Gautama, que era responsável por emitir as licitações e que pagava propina aos demais envolvidos para que tudo fosse feito conforme a vontade de seus comandantes.


Segundo a ministra do Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, a empreiteira recebeu dinheiro até mesmo por obras que nunca foram realizadas e que o esquema pode ser dividido em três níveis, sendo que no primeiro está Zuleido Soares Vegas, proprietário da Gautama. Em segundo, servidores – os intermediários entre a empresa e os políticos - e por último estão os agentes públicos municipais, estaduais e federais.


Até agora poucos envolvidos foram presos, alguns interrogados, enquanto outros ainda permanecem livres para tentar limpar a sua barra.


Parece que estamos longe de ter um país administrado por pessoas integras e com responsabilidade para fazer bem feito o trabalho que são pagas para fazer.

Acidente de transito é a maior causa de mortes

A irresponsabilidade de motoristas que dirigem alcoolizados mata pelo menos 35 mil pessoas por ano no Brasil.

Segundo uma pesquisa feita em 2006 pela Associação Brasileira de Medicina, 61% dos motoristas que estiveram envolvidos em acidente de trânsito havia consumido álcool.

Baseando-se nesta informação não poderíamos esperar números diferentes dos revelados por um estudo feito pela Organização Mundial da Saúde, onde foram divulgados que 3,2% das mortes no planeta foram causados por excesso de álcool – cerca de 1,8 milhões de mortes. Sendo que 50% foram causadas por doenças e os outros 50% por ferimentos decorrentes dos acidentes.

Somente no Brasil, pelo menos 35 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito por ano, o que justificaria a proibição da venda de bebidas alcoólicas em qualquer lugar, não somente nas rodovias federais ou nos postos de gasolina, como quer fazer nosso governo.

A irresponsabilidade de tais motoristas é tamanha que se torna impossível não nos revoltarmos contra estes indivíduos inconsequentes, que não se preocupam com os demais seres humanos.


Na desculpa da diversão e do relaxamento ou até mesmo do vício, muitos bebem até perder completamente o sentido e depois saem pelas ruas com seus carros, pondo em risco a vida daqueles que por falta de sorte cruzam seu caminho.

O maior vicio de todos é a falta de punição - muitos casos deste tipo acontecem bem diante dos nossos olhos. O que nos obriga a ficar acuados dentro de nossas casas numa tentativa de evitar a exposição a essa carnificina que vemos anunciadas nos meios de comunicação diariamente.

Cada um se protege como pode. Mas não é justo que tenhamos que nos privar da nossa liberdade de ir e vir como bem nos entender, para evitar sofrermos as consequências de possível contato com estes indivíduos.

Nosso governo esta baixando um decreto de lei com algumas proibições, porém, ainda é muito pouco. Fazem-se necessárias regras e punições mais rígidas. Algo que realmente iniba tal atitude de irresponsabilidade para com a sociedade.


19 de maio de 2007

A visita de Bento XVI ao Brasil

Nos últimos dias não se falava em outra coisa que não fosse à visita do Papa Bento XVI ao Brasil.

Tudo estava sendo preparado nos mínimos detalhes. Recepção, transporte, alimentação especial, acomodações – nas quais nem mesmo a imprensa tinha acesso - eventos e até o papa-móvel estava aqui, claro ele não poderia faltar. Era questão de segurança. Mas será que um homem que diz representar Deus na terra precisa de segurança máxima e carro blindado?

Se a igreja católica representa Deus, por que o homem, no caso o Papa ou o padre, tem que falar o que os outros homens têm que fazer? Não seria Deus quem deveria colocar em cada coração o que Ele requer de cada um em particular? É bem provável que o Altíssimo não queira a mesma coisa de todos nós.

Viajar de Roma até aqui para criticar o divórcio e condenar desvios sexuais não deveria ser atitude de quem se diz servo de Deus. Jesus nos ensinou que devemos ajudar uns aos outros e orar sempre que alguém esteja fazendo algo que desagrada a Deus, jamais acusar ou criticar. Como pode então o representante da maior religião do mundo criticar seus fieis e seguidores pelos pecados que cometem por fraquezas humanas?

Outro dos assuntos tratados pelo Papa em sua visita ao Brasil foi à canonização do frei franciscano Antônio de Sant'Anna Galvão, o frei Galvão. Se não me engano, está escrito na bíblia que não devemos nos prostrar diante de imagens, nem adorar santos, pois só existe um Deus. No entanto, os católicos praticantes ganharam mais uma imagem para adorar e diante da qual muitos iram se prostrar para desagrado de Deus.

O Papa tentou também que o Palácio do Planalto assumisse o compromisso de restabelecer a educação religiosa nas escolas, porém nenhum órgão do governo deveria interferir ou influenciar neste sentido. Esta escolha é pessoal e não diz respeito nem mesmo ao Papa. Principalmente porque ele quer que seja ensinada, nas escolas, a sua religião e onde fica o respeito às demais religiões?

Por ele se dizer um representante de Deus deveria saber que não tem o direito de interferir na religiosidade das nações. O único que pode converter corações é Deus, mas parece que os homens ainda não entenderam isso e continuam tentando impor seus pontos de vista aos demais.

Diante de todos estes aspectos, não é de se espantar com os dados divulgados pela pesquisa feita pelo Datafolha, onde mostra que Bento XVI iria encontrar um Brasil com menos praticantes do catolicismo. Talvez isso esteja ocorrendo, porque estamos percebendo que Deus não precisa de marketing para atrair fiéis, mas a igreja católica parece que sim. É isso que mostra uma reportagem da revista IstoÉ On-line do mês de maio. Intitulado o marqueteiro dos católicos, Antônio Kater, dá aula para o clero de como tratar e se portar diante dos fiéis. Ou seja, estão vendendo a fé como uma mercadoria.

A visita do Papa serviu para que muitos de nós começássemos a pensar sobre a fé cristã de uma maneira mais clara. Não devemos tentar convencer de que estamos certos ou errados, não cabe a nós decidir o que é melhor para o outro. Cada um tem suas crenças e sabe o que lhe convém. Devemos somente respeitar o direito de escolha de cada individuo para que possamos ter um pouco mais de paz no mundo.

12 de maio de 2007

Aula complementar no Blog da Folha

TRUQUES E PRÁTICAS - 50 DICAS PARA ESCREVER

1. Comece as sentenças com sujeito e verbo
Conte o mais importante primeiro, depois ponha as informações menos relevantes

2. Hierarquize as palavras
Coloque as palavras fortes nocomeço e no fim das sentenças

3. Escolha verbos fortes
Verbos precisos e bem escolhidos criam ação, economizam palavras e apresentam o problema mais rapidamente

4. Seja agressivo com a voz passiva

Use verbos na voz passiva para evidenciar a "vítima" da ação

5. Dose os advérbios
Use-os para mudar o sentido dos verbos


6. Evite gerúndio
Prefira o presente ou passado simples


7. Não tema frases longas
Desde que bem construídas, elas constroem uma idéia mais rica e articulada


8. Crie um padrão e saia dele
Construa o texto de forma coerente, mas quebre o ritmo de tempos em tempos


9. Deixe a pontuação controlar ritmo e espaço
Aprenda bem as regras e perceba que existem muito mais opções do que você imaginava


10. Corte muito, depois pouco
Se precisar cortar, "retire galhos inteiros de uma vez, depois ajuste tirando só as folhas secas"


11. Prefira o simples ao prático
Use palavras, frases e parágrafos menores para falar de assuntos complexos


12. Dê a devida importância às palavras-chave
Não repita palavras-chave a não ser que queira ser redundante por algum motivo especial


13. Brinque com palavras, mesmo em histórias sérias
Escolha palavras que a maioria dos escritores evita, mas a maioria dos leitores entende

14. Dê nome aos bois
Garimpe detalhes concretos e específicos, que enriquecem as frases


15. Preste atenção aos nomes
Nomes interessantes atraem o leitor


16. Procure imagens originais
Rejeite clichês e criatividade rasteira


17. Aproveite a criatividade dos outros
Faça listas de palavras, associe idéias, deixe a língua surpreender


18. Estabeleça o ritmo com o tamanho das frases
Alterne o comprimento das frases para não entediar o leitor


19. Alterne o tamanho dos parágrafos
Um parágrafo mais curto ou mais longo no lugar certo realça a informação

20. Tenha um motivo para escolher o número de elementos da frase
Só sujeito e predicado; sujeito, predicado e complemento; frases coordenadas ou subordinadas, cada escolha passa uma mensagem diferente ao leitor


21. Saiba quando ser discreto e quando aparecer
Se o assunto é muito sério, seja discreto; se é mais ligeiro, aproveite


22. Varie o grau de abstração
Saiba quando "mostrar" (dar exemplos, descrever), quando contar (relatar) e quando fazer os dois


23. Module sua voz
Leia os rascunhos em voz alta

24. Tenha um plano de longo prazo

Indexe (arquive de forma organizada, com um índice) seus trabalhos mais importantes.

25. Aprenda a diferença entre reportagens e histórias
Use as primeiras para transmitir informações e as outras para transmitir experiências

26. Use diálogos como forma de ação
Diálogos fazem a narrative avançar; citações fazem-na andar mais devagar

27. Revele marcas dos personagens
Mostre o caráter dos personagens usando cenas, detalhes, frases

28. Aproxime o que é surpreendente e interessante
Ajude o leitor a entender pelo contraste

29. Anuncie trechos dramáticos ou conclusões fortes
Coloque pistas ao longo dos textos

30. Crie suspense
Para segurar leitores, crie tramas e faça-os esperar pelas respostas

31. Construa seu trabalho em torno de perguntas-chave
Boas histórias precisam de um dínamo, de uma questão que será respondida pelas ações do texto

32. Espalhe moedas pelo caminho
Recompense o leitor com informações curiosas, especialmente no meio do texto

33. Repita, repita, repita
Repetição intencional liga as partes da história

34. Use ângulos diferentes, como se fossem tomadas de um filme
Transforme seu computador numa filmadora

35. Crie cenários quando apurar e quando escrever
E então os alinhe numa seqüência articulada

36. Misture técnicas narrativas

37. Em textos cursos, não desperdice uma sílaba
Escolha palavras menores e melhores

38. Prefira arquétipos a estereótipos
Use símbolos sutis

39. Escreva em direção ao final
Ajude os leitores a fecharem o círculo da narrativa

40. Rascunhe um projeto para seu trabalho
Para melhorar seu aprendizado, escreva sobre seus textos

41. Transforme delongas em ensaios
Planeje e escreva primeiro mentalmente

42. Faça a lição de casa com antecedência
Prepare-se para o inesperado

43. Leia prestando atenção na forma e no conteúdo
Estude a estrutura que está por trás das histórias

44. Recolha os clipes do chão
Em reportagens especiais, guarde todas as informações, mesmo as menores que outros jogariam fora

45. Divida projetos longos em partes
Depois agrupe-as em algo completo

46. Interesse-se por todas as técnicas que melhoram seu trabalho
Faça o melhor que pode; ajude os outros a dar o melhor

47. Recrute seu próprio grupo de ajuda
Peça conselhos, encontre pessoas que possam apoiá-lo e ajudá-lo

48. Refreie o perfeccionismo nos primeiros rascunhos
Aumente-o a cada revisão

49. Aprenda com as críticas
Ouça-as, mesmo que pareçam injustas

50. Seja o dono das suas ferramentas de trabalho
E construa uma boa bancada para guardá-las

5 de maio de 2007

Para onde estamos indo?

Pesquisa realizada em 2005 e divulgada este ano, pelo Ministério da Educação, revela os piores índices dos últimos anos entre alunos da 8º série do ensino fundamental e 3º série do ensino médio. O desempenho dos estudantes vem caindo a cada ano. Pergunto-me como estará daqui a 50 anos?

Sou estudante universitária e não preciso ir muito longe para ver a falta de educação e vontade dos estudantes para aprender. Na minha sala existe uma galerinha que conversa durante a maioria das aulas e atrapalha o desempenho do restante da turma.

Acho que a ficha ainda não caiu. O mercado não está facilitando para aqueles que não se destacam. Quem fica no meio da maioria será apenas mais um candidato às poucas vagas oferecidas pelo mercado de trabalho.

Mas a falta de interesse não diz respeito somente aos estudos e ao conhecimento, mas a educação de forma geral - as boas maneiras e os bons costumes. A educação que aprendemos desde muito cedo, quando estamos dando os primeiros passos - o uso das palavras como “com licença”, “por favor”, “obrigado(a)”, "desculpe-me". A situação está ficando tão crítica que quase não vemos o respeito aos mestres, aos pais, aos mais velhos e as filas então? Parece que as regras estão perdendo validade. Enfim, acho que o respeito está caindo em desuso.

Houve um episódio na minha sala outro dia que ilustra bem o que estou falando. Uma aluna e uma professora discordaram da correção de uma prova. A aula sentiu-se prejudicada e quis convencer a professora de que esta errara na correção. Porém as duas trocaram grosseirias na frente de todos os presentes. O resultado? A sala inteira ficou a ver navios, porque as duas ficaram exaltadas, uma saiu da sala mandando a outra para aquele lugar. A outra foi atrás para mostrar quem mandava. Enfim, uma cena lamentável, que resultou em advertência para ambas as partes, acredito.

Sou a favor da educação nos moldes de antigamente. Acho que devemos respeitar os professores a partir do momento que entram na sala, pois ali dentro eles são autoridade máxima. Não devemos conversar durante a aula, devemos sempre pedir licença antes de levantar para sair, seja para ir ao banheiro ou simplesmente atender uma ligação no celular – e só atender se for realmente de muita necessidade. Bater-boca com eles? Jamais. Mesmo que estejam errados. Bater boca não é educado.

Se tivermos algo a reivindicar devemos procurar a coordenação do curso e não ficar discutindo diretamente com o professor. Todos têm direitos e deveres. Para resolver qualquer impasse, basta que cada um saiba seus direitos e não esqueça de usar respeito e educação para que tudo seja resolvido de uma forma no mínimo sensata. Sem gritarias e xingamentos. Afinal de contas, não somos mais crianças, nem estamos numa feira livre, devemos saber nos portar.

Sem grito nas feiras

Acabo de ler na revista Carta Capital que o Prefeito do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab criou o Decreto nº 48.172, para acabar com o excesso de barulho nas feiras livres nas cidades do estado. Nada mais justo com os moradores das ruas e redondezas onde elas acontecem.

Concordo que as feiras nos trazem certa alegria e tudo o mais, como disseram alguns frequentadores ouvidos por Carta Capital, mas vamos combinar. Não precisa tanta gritaria para atrair os clientes e fechar uma venda. Tudo pode ser feito de forma civilizada. Afinal, somos seres humanos, conversando tudo se resolve.

Para os feirantes, acostumados ao barulho, vender suas mercadorias aos berros faz parte do contexto, para alguns poder ser até divertido. “Faz parte da tradição da feira livre”, disse um deles a Carta Capital. Porém, para os moradores das redondezas deve ser um absurdo ter que aguentar todas as semanas, por horas e horas, a mesma algazarra. “Nada pode ser feito com tranquilidade, nem mesmo dormir, pois eles chegam de madruga para começar a montagem das barracas e só vão embora no meio da tarde”, disse Maria de Lourdes, 54 anos, moradora de uma rua, no bairro de Moema, onde acontece uma feira todas as semanas.

É possível entender a revolta de muitos feirantes com o novo decreto, pois eles vêm no grito uma forma de atrair a clientela para o menor preço, mas infelizmente, vivemos num mundo muito estressado. Trabalhamos o dia todo e muitas vezes, até tarde da noite, quando não nos fins de semana. Por isso, quanto menos barulho, melhor.

Se para obtermos tranquilidade dentro de nossos próprios lares se faz necessário que gastemos um pouco mais de dinheiro na hora de comprar frutas, verduras e legumes, que assim seja. Tudo pelo maior tempo de paz possível.

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